Muçulmanos pedem que Nike pare de vender tênis por ‘desrespeito ao islã’

A Nike enfrenta pressão por parte de muçulmanos para parar de vender uma de suas principais marcas de tênis: o Air Max 270.

Um abaixo-assinado online criado por Saiqa Noreen pede que a marca americana retire o calçado do catálogo por ofender o islamismo. Segundo os críticos, a Nike produziu o novo Air Max 270 com parte do logotipo na sola, quando virado de cabeça para baixo, parecido  com a palavra “Alá” (Deus), escrita em árabe.

“É ultrajante e chocante que a Nike permita o nome de Deus em um sapato. Isso é desrespeitoso e extremamente ofensivo para os muçulmanos e insultante ao islã. O islã ensina compaixão, bondade e justiça para com todos”, diz a petição.

Sola do tênis Air Max 270 em comparação à escrita de Alá, em árabe (Reprodução)
Sola do tênis Air Max 270 em comparação à escrita de Alá, em árabe (Reprodução)

Noreen descreve o ato como uma blasfêmia. “Certamente [o nome de Deus] será pisoteado, chutado e sujo com lama ou qualquer outra sujeira.”

A petição já conta com quase 20 mil assinaturas até a publicação deste texto —a meta é chegar a 25 mil.

Segundo a Nike, o novo logotipo foi projetado para ser uma representação estilizada da marca registrada Air Max e destina-se a refletir apenas a marca Air Max. “Qualquer outro significado ou representação percebido não é intencional”, diz em comunicado.

“A Nike respeita todas as religiões e levamos as preocupações dessa natureza a sério”, continua o comunicado da empresa.

Na loja oficial, os modelos da linha disponíveis custam no mínimo R$ 510.



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