#TrocoFloresPor: marcas de cerveja têm ações no Dia da Mulher para incentivar igualdade de gênero
Com a celebração do Dia Internacional da Mulher nesta sexta (8), diversas marcas aproveitam a data e realizam ações para a data e mostrar a importância da luta por direitos iguais. Algumas delas são as de cerveja, muito marcadas por usarem mulheres em trajes mínimos e de forma estereotipada.
A Budweiser, por exemplo, embalou as redes sociais com a hashtag #TrocoFloresPor. A justificativa da marca de cerveja é que ao fazer uma busca na internet pelo termo da data comemorativa boa parte dos resultados indica o desenho de flores.
Para a Bud, a data não é para dar presentes para as mulheres queridas, mas para discutir o papel delas na sociedade e aprofundar a luta feminina por igualdade. “Então você trocaria as flores por respeito, igualdade salarial, mais oportunidades de emprego?”, pergunta. “Opções não faltam.”
“Queremos homenagear as mulheres, mas principalmente ajudar a dar visibilidade para as reivindicações que fazemos todos os dias”, diz Alice Alcântara, gerente de marketing da marca.
Segundo ela, as cerveja ficaram marcadas por comerciais que estereotipavam as mulheres, mas a Budweiser acredita na igualdade entre os gêneros e quer contribuir cada vez mais com isso.
Para a ação, a empresa fez vídeos com as cantoras Ciara, Karol Conka e Tássia Reis, que ainda se reuniram para discutir desafios femininos no meio musical.
“Troco flores por homens na pele das mulheres”, diz Karol Conka no vídeo. “Os boys pegando ônibus, sendo assediados… Já imaginou receber bem menos do que você merece por o que você trabalha?”
Já a Stella Artois mudou de nome para a data e virou Isabella Artois. Segundo a empresa, ela chefiou a cervejaria belga em 1726, após a morte do marido Sebastian. “Ela inspira” e “Um mundo com mais Isabellas” são os motes da campanha criada pela agência CP+B Brasil.
“A ideia de mudar o nome de Stella surgiu para reconhecer seu pioneirismo e criar um movimento que inspirasse outras mulheres com a sua força e coragem”, diz Renata Wirthmann, diretora-geral de atendimento da CP+B Brasil.
Outro grande nome do mercado que tem tentado acompanhar a luta feminista é a Skol. A marca traz em sua nova campanha, com início neste 8 de março, um movimento para mudar a forma que a mulher brasileira é representada nas buscas na internet.
“O que vem à cabeça quando alguém te apresenta essa expressão ou faz a busca de imagens na internet? Em quase 100% dos casos, são lembrados os atributos físicos”, ressalta a marca. ”
Com a marcação nas redes sociais #mulheresnabusca, o internauta pode indicar uma personagem para ser homenageada em um site que vai ao ar em 20 de março.
A iniciativa criada pelas agências Bullet e Califórnia tenta valorizar as mulheres, mas não pelos aspectos visuais. “Nos últimos anos, a Skol já tem deixado de lado esse estereótipo para dar luz ao que realmente importa, que são as conquistas das mulheres na sociedade. A roda não pode parar de girar nessa caminhada”, afirma Maria Fernanda Albuquerque, diretora de marketing da marca.
A ideia de “Mulheres na Busca”, segundo a empresa, é transformar as primeiras imagens das buscas na internet em personagens brasileiras que fazem a roda girar. “Para isso, a marca vai desenvolver uma página com perfis femininos marcantes para as pessoas compartilharem e curtirem, aumentando a relevância das fotos dessas mulheres e, assim, impulsionar essas personagens nos sites de buscas”, explica.
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