Sem registro, 1º gol da seleção feminina de futebol em Copa do Mundo é reconstituído
“Eu lembro que a Sissi bateu [o escanteio] no meio da área e a goleira do Japão saiu, tentando socar a bola, mas a bola resvalou na mão dela”, afirma Elane dos Santos, 51. “Quando eu vi a bola estava em cima de mim. Eu dominei e chutei”. Como tinha muita gente na frente, foram segundos de agonia até ver que a árbitra sinalizava o gol, diz a ex-jogadora brasileira.
A situação descrita pela zagueira que vestia a camisa 6 é a do primeiro tento marcado pela seleção brasileira de futebol na primeira Copa do Mundo feminina, em 1991. O torneio foi disputado na China e não é fácil encontrar um registro deste momento. Com isso em vista, a Fiat, patrocinadora de todas as seleções do Brasil, resolveu fazer um vídeo para reconstituir o lance.
A partida contra o Japão marcou a estreia do Brasil, que estava no grupo B, ao lado de Estados Unidos e Suécia. A vitória por 1 a 0 contra a seleção oriental antecedeu duas derrotas e eliminação —na sequência veio um 5 a 0 contra as americanas, que se sagraram campeãs, e um 2 a 0 frente ao time sueco.
Elane participou de três Copas do Mundo (1991, 1995, 1999) e se aposentou em 2005. Atualmente ela é motorista da Uber no Rio.
O vídeo teve a estreia no telão do Pacaembu nesta quinta (29), no intervalo da vitória do Brasil por 5 a 0 contra a Argentina, pelo Torneio Internacional feminino.
“Para fortalecer a estratégia integrada que vem sendo criada e será apresentada em diversas ações até 2022, recriamos este gol para prestar a devida homenagem a essa importante atleta do futebol feminino”, diz Frederico Battaglia, diretor de marketing e comunicação da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina.
A campanha também tem como meta iluminar a história e as conquistas das mulheres no futebol nacional que, muitas vezes, são negligenciadas, pouco reconhecidas ou até mesmo esquecidas, diz Wilson Mateos, vice-presidente de criação da Leo Burnett, agência responsável pela ação.
+ Mais Inteligência de Mercado
Sugestões, críticas ou dúvidas? Envie para
folha.inteligenciademercado@gmail.com
Siga também no Linkedin, Twitter e Instagram