É um prazer ser espelho para mulheres negras e periféricas, diz Jojo Todynho sobre publicidade

Em dezembro de 2020, Jojo Todynho se sagrou a campeã do reality show A Fazenda, na TV Record. Ela ganhou R$ 1,5 milhão como prêmio e paralelamente vieram mais oportunidades no mercado publicitário. Neste mês, ela foi contratada pelo Instituto Embelleze para ser a fada-madrinha de uma campanha.

Voltada para a formação profissional no ramo da beleza (cabeleireiro, barbeiro, manicure e maquiador, por exemplo), a rede de franquias contratou a funkeira carioca de 23 anos na ação que estreou neste mês para dar um conselho e angariar alunos: “Nada de esperar sentada pela fada-madrinha, o ano começou e é hora de investir em si mesmo e se profissionalizar”, versa na ação.

“As marcas hoje em dia procuram cada vez mais diversidade e representatividade”, diz Jojo em entrevista ao Inteligência de Mercado. “Acho que minha história serve de inspiração para tantas ‘Jojos’ no anonimato que se sentem representadas por mim”.

A artista diz se ver como uma representação para o público-alvo da instituição: mulheres, muitas delas negras e periféricas.

“E é um prazer poder ser espelho para essas pessoas, que em momentos tão difíceis como os que estamos vivendo, precisam se reinventar. E elas conseguem! Fico feliz em contribuir para essas mudanças positivas.”

A teoria expressa por Jojo é repetida por Marcella Scavassa, gerente de marketing do Embelleze. “Escolhemos a Jojo Todynho por ela representar fielmente o nosso público. Uma mulher da periferia que, mesmo com adversidades, conquistou seu espaço e faz cada vez mais sucesso com o seu trabalho”, diz a executiva.

Desde o fim de 2017, começo de 2018, quando despontou no Brasil com o clipe de “Que Tiro Foi Esse?”, a cantora entrou na mira de grandes marcas. Nesse período, já passou por campanhas empresas como Americanas, Guaraná Antárctica, iFood, Youse, Havaianas, Rexona, Click Bus e Domino’s —esta última também em ação de 2021.

Para a funkeira, a publicidade vem quebrando esses padrões ao longo dos anos. “É importante que as pessoas se sintam representadas de alguma forma, se vejam como consumidoras de determinado produto, daquele serviço”.

Embora veja avanços na questão de representatividade, Jojo pondera: “Temos um longo caminho pela frente, para conquistar. Mas é uma esperança ver que o mercado publicitário e a TV venham abrindo esse espaço, quebrando tabus.”


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