Havaianas investe no TikTok para reforçar produtos além dos chinelos
Os tradicionais chinelos Havaianas são conhecidos mundialmente. Dos mais diversos modelos e com muitas cores e estampas, o produto é forte dentro e fora do país. Mas a nova campanha tenta dar mais visibilidade aos outros itens do portfólio da empresa.
Com o hit-chiclete “Cabeça, Ombro, Joelho e Pé” em ritmo de funk, a nova campanha das Havaianas tem início no TikTok e aposta em dançarinos para promover a linha de vestuário, acessórios, além dos calçados. “O funk é a cara do Brasil e, portanto, tem tudo a ver com Havaianas. É democrático, divertido e alegre”, diz Maria Fernanda Albuquerque, diretora de comunicação global de Havaianas.
O primeiro momento da ação, que começa na rede social chinesa, reúne seis dançarinos profissionais @andreoliveiradb, @janadias_97, @malucaju3, @neguebites e @oiwellen, desafiando o público com a trilha nostálgica e remixada com a hashtag #DesafioCOJP. A Havaianas tem um perfil com cerca de 73 mil seguidores.
“O TikTok tem um poder enorme em gerar engajamento. Trazer as pessoas para próximo da marca e se relacionarem com ela de modo bem único e íntimo”, justifica a executiva.
Já a segunda fase da campanha conta com filme na TV aberta para aumentar o impacto e a visibilidade do portfólio, além de outras redes como Twitter, Instagram, Facebook e YouTube. “Ver esse filme na TV e não ter vontade de levantar do sofá para fazer um passinho é quase impossível”, afirma Mafê Albuquerque.
“Resgatamos uma trilha conhecida por todo o mundo, mas mais importante que isso, que conseguia unir tanto o objetivo de comunicar que Havaianas vai muito além dos pés quanto o simples fato de levar leveza e alegria para as pessoas”, afirma Marcelo Balas Tagliapietra, sócio e diretor de estratégia da agência Labof, que assina o trabalho.
A manutenção da imagem da marca e seu fortalecimento tiveram desafios na pandemia, quando foi preciso observar as mudanças de comportamento do público e entender as tendências do “novo normal”, conta Mafê. Ela cita como exemplo o forte investimento em canais digitais e a participação com patrocínio em lives musicais, como a da cantora Marília Mendonça.
“Estamos observando uma migração absurda para os canais digitais. Nossos e-commerces cresceram muito além do esperado”, afirma sem dar cifras.
Como contam com operações em outros países, a marca conseguiu acompanhar a onda de crescimento do começo da pandemia e, de certa forma, se preparar para uma reação.
“Da mesma forma em que nós preparamos uma reação à crise, nós fomos nos organizando, de forma estratégica, para preparar a volta a partir da Ásia que foi quem reabriu primeiro na primeira onda”, diz a diretora. “A Austrália começou a flexibilizar na sequência, a China já flexibilizou, e Hong Kong, por exemplo, nunca chegou a fechar 100%. Então, a gente tem a sensação de que temos um termômetro interessante do que está acontecendo.”