‘Não se vacine’: caminhão funerário fake incentiva imunização contra Covid
Um caminhão preto com a inscrição da Wilmore Funeral Home chamou a atenção pelas ruas de Charlotte, na Carolina do Norte, no domingo (19). O veículo rodou a cidade com a mensagem “Don’t get vaccinated” (“Não se vacine”, em português) como forma de divulgar os serviços da suposta agência funerária.
Mas ao entrar no site indicado na lona do caminhão, que seria da Wilmore Funeral, o público se depara com outra mensagem: “Vacine-se agora. Se não, nos vemos em breve”. E quando clica no banner o leitor é levado para a página da StarMed Healthcare com informações sobre a vacinação contra a Covid e pontos para imunização.
As imagens do caminhão viralizaram e dividiu a opinião nas redes sociais. Enquanto alguns classificavam a ação como falta de respeito com a família dos que morreram por causa de Covid, profissionais de saúde a defendiam.
Basicamente foi uma ação com a empresa StarMed Healthcare, com serviços de saúde, para incentivar o combate ao coronavírus, que nos Estados Unidos já infectou oficialmente cerca de 43 milhões de pessoas e matou 680 mil nesta pandemia.
A responsável pela ação só se identificou na terça (21), segundo o Washington Post. A agência de publicidade BooneOakley afirmou que a placa e o site foram ideia dela. “Fomos nós. Vacine-se”, escreveu a empresa no Twitter.
A campanha vem em um momento em que os Estados Unidos tentam convencer muitas pessoas que integram um movimento antivacina.
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro esteve em Nova York para participar da Assembleia-Geral da ONU e foi criticado pelo presidente da cidade, o democrata Bill de Blasio.
Pela regra, a cidade exige comprovante de vacinação contra a Covid para entrar em locais de eventos e na parte interna de restaurantes. Por dizer que não é vacinado, Bolsonaro não pôde entrar em lugares para se alimentar e foi registrado comendo pizza na calçada, por exemplo.
Uma foto de Bolsonaro com a legenda “vacine-se” também figurou na transmissão oficial da Prefeitura de Nova York. “Todos devem estar seguros juntos, ou seja, todos devem estar vacinados. A ampla maioria do pessoal da ONU e a ampla maioria dos Estados-membros estão fazendo a coisa certa”, disse ele.
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